Escreva o que você ouve e o coloca para baixo!






Não é fácil manter novos hábitos. A coisa mais fácil que tem é voltarmos a nossa origem. Lembro de uma historia que ouvi quando criança: uma menina resolveu “adotar” um porquinho. Dava banho nele, passava perfume e até colocava fitinhas no seu pescoço, mas quando o porquinho teve a primeira oportunidade, correu para a lama e lá ficou todo feliz. Nada adiantava a menina fazer, porque o porquinho nasceu pra ficar na lama.

No quinto dia, a empolgação pode ir embora e a gente começa a achar que num vai dar certo. Dá uma vontade de num fazer nada. Dá uma vontade de voltar pra lama!

Acontece que diferente do porquinho que agia por instinto, nos podemos refletir e ponderar nossas atitudes. Podemos nos lembrar que a bagunça e desordem causam transtornos em nossas vidas. Então a gente coloca na balança e mensura qual tem mais vantagens a nos oferecer: a lama ou o carinho e cuidado da garotinha da história.

Não fazer nada e ficar de pernas pro ar, tem suas vantagens, mesmo que momentânea. Temos que ter consciência clara das nossas opções: tirar um cochilo ou ver TV à tarde toda ou realizar nossas tarefas domésticas? Não falo aqui em ser escrava da casa, mas em ter clareza de que nossa decisão em fazer ou não fazer vai ter alguma conseqüência. Então, mesmo que por tabela, estamos optando pela conseqüência que nossas atitudes nos causam (emoções boas ou más).

Eu não precisei escrever em papel os pontos negativos ou positivos das minhas decisões. O método que usei foi o da reflexão. Eu fechava os olhos e me imaginava em vários cenários e, então eu agia conforme me convinha. Até hoje eu faço isso: se eu tenho alguma coisa pra fazer eu posso decidir em fazer ou não. Então eu avalio as conseqüências: Se eu fizer o que acontecerá? E se eu não fizer? O que pode ser bom pra mim ou pra minha família? E o que pode acontecer de ruim?

Por exemplo: lavar o uniforme escolar de Gabriela: a gente sabe que criança se suja e por mais que eu fale pra ela ter cuidado com sua roupa, tenho certeza de que ela não vai se lembrar do meu pedido na hora em que tá no parquinho com os coleguinhas da escola. Sabendo disso, comprei três blusas, pra não ter que lavar todos os dias. Mas depois de três dias, eu tenho que lavá-las para que ela use no dia seguinte, conforme orientação da escola em usar uniformes.

Eu tenho então a opção de lavar ou de fazer qualquer outra coisa. Confesso que num é TODO dia que estou de bom humor pra lavar uniformes. Aí começo a refletir: caso eu não lave, e continue no ócio, tenho que ter clareza de que ela não terá uniforme limpo no outro dia, terá que usar um sujo ou ir com outra roupa, neste caso penso que passaria a idéia de uma criança descuidada e maltratada pela família. E se for constantemente com outra roupa a direção da escola vai chamar a atenção dela e dos pais (eu, neam.). Caso eu opte em lavar seu uniforme imediatamente, tenho que sair da inércia e agir porque assim ela terá roupa limpa, cheirosa e macia para ir à escola, passando uma idéia de uma criança asseada, amada e cuidada pela família. Os professores não vão pegar no pé dela por não estar de uniforme. E assim seu relacionamento e rendimento escolar poderão ser melhores. Fazendo esta reflexão e levantamento dos prós e dos contra eu acabo por agir e escolher aquilo que me faz bem, que é melhor pra mim e para minha família. Neste caso, lavo os uniformes de Gabriela.

Então acho que tudo não passa de escolhas. Temos que aprender a escolher o melhor caminho.

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