Parte 2 - A Continuação

COMO ENCONTREI O FLYMIGAS (parte 2)

Gostava de organização, mas numa casa com muita gente, por mais que eu tentasse não conseguia deixar a casa organizada do jeito que queria. Aliás, minha mãe sempre deixou bem claro que a casa era dela e as coisas tinham que ser do jeito dela. Não to criticando não, acho que ela tava certa, afinal de contas era ela e meu pai que pagavam as contas, justíssimo.








Aí então, recém casada, pra começar, esquecemos da primeira compra. Levamos pra nossa futura casa nossas coisas e móveis novos, quando retornamos da Lua de mel, se não fosse pela minha sogrinha, teríamos passado fome, ela providenciou uma compra e mandou pra nossa casa. Acho que estávamos tão ansiosos que não lembramos que tínhamos que comer (rs).



Meu maridinho e eu, agora recém casados, na nossa casinha, começamos a colocar as coisas do nosso jeitinho. Como me casei em janeiro aproveitei pra tirar férias e ir me adaptando a fase de casada. No começo, tudo são flores, fui colocando nossas roupas e presentes de casamento no lugar, limpando e deixando a nossa casinha gostosinha. Levantava cedo e já começava o trabalho doméstico, quando eu achava que ia descansar, tinha que providenciar o almoço. E, depois do almoço, arrumar a cozinha. Teve um dia que estávamos almoçando na copa, meu marido e eu, e dei graças a Deus por existir um murinho que separava a copa da cozinha, pois após ter terminado o almoço, a pia estava lotada de vasilha para serem lavadas. E depois de arrumar a cozinha após o almoço, tinha que continuar as tarefas interrompidas para preparar a refeição. Resultado, eu passei meus primeiros dias de casada arrumando, passando, lavando, organizando, etc.. Ficava só imaginando como seria quando voltasse a trabalhar e quando os filhos chegassem, seria uma loucura. Como dar conta de tudo? Eu ficava imaginando como existia mulher que conseguia ter uma casa arrumada, organizada e limpa. Tudo bem se ela não trabalhasse fora, mas e se tivesse emprego e tivesse que dar conta de algum trabalho extra casa? - Empregada Doméstica: sugeriu minha sogra, que nunca trabalhou fora, mas nunca viveu sem uma.


Começamos então a batalha em arrumar uma pessoa que trabalhasse lá em casa e, que tivesse todos os atributos de uma boa empregada doméstica: fosse de confiança, boa de serviço, discreta, etc., etc. e etc. Como era só meu marido e eu e, trabalhávamos meio período, optei por ter diarista três vezes na semana. Foram muitas que passaram por minha casa. Cada uma tinha um motivo pra não ficar: ou não tinha com quem deixar os filhos para trabalhar, então eu abria mão para que elas trouxessem as crianças, até o dia em que num dava mais; ou- achavam que o serviço era muito e a diária pouco, eu pagava preço de mercado. Teve até uma que eu fazia o serviço e ela ficava olhando. Quantas vezes ela foi embora dizendo que tinha acabado o horário dela e eu ficava terminando a faxina. Essa não ficou mesmo. Teve outra que fazia uma ótima faxina, mas morava longe e não quis ficar. Em 2003, quando nasceu minha filha, e voltei sozinha do hospital, sem meu bebe (ela ficou no hospital por ter nascido prematura), a minha diarista disse que não ia ficar lá em casa mais. Acho que ela ficou com medo de aumentar o trabalho da casa já que agora teria uma criança recém nascida. Se não fosse minha cunhada e a minha sogra que me ajudaram, num sei o que teria sido de mim. Esquecemos completamente da nossa casa. Eu passava o dia no hospital para amamentar minha filha. Minha cunhada limpava e organizava a nossa casa e ainda lavava nossas roupas. Nossa refeição era feita na casa da minha sogra (somos vizinhas). O estresse chegou ao ponto de termos somente água na geladeira. Só retornamos a nossa vidinha depois de eu completar meus quarenta dias de resguardo (fiz questão porque o parto foi prematuro e minha vida virou de pernas para o ar).


(Continua em outros post)

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